Acelerador de partículas será religado neste fim de semana
Da Redação, com EFE
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De acordo com o porta-voz do Cern, James Gillies, os cientistas vão injetar no acelerador um feixe de prótons entre sábado e domingo para que a máquina dê uma volta completa no túnel de 27 quilômetros de comprimento, situado a 100 metros de profundidade sob a fronteira entre a Suíça e a França.
A circulação de partículas irá começar inicialmente em baixa energia, com 450 GeV (gigaeletrons volts). Depois que os cientistas começarem a injetar feixes em direções opostas, as primeiras colisões começarão a ser produzida nessa velocidade. A potência da circulação de prótons irá aumentar gradativamente e chegar ao momento mais esperado e temido por cientistas: as primeiras colisões de partículas em uma velocidade próxima a da luz.
Segundo cálculos, essa velocidade que pode ser atingida em janeiro poderá recriar os instantes posteriores ao Big Bang. O fenômeno dará informações sobre a formação do universo e confirmará ou não a teoria da física, baseada no Bóson de Higgs.
A existência dessa partícula, que deve seu nome ao cientista que há 30 anos previu sua existência, é indispensável para explicar por que as partículas elementares têm massa e por que as massas são tão diferentes entre elas.
Mas nem todo mundo apóia a experiência. Um grupo contrário ao experimento apresentou nesta sexta-feira uma denúncia ao Conselho de Direitos Humanos sobre o "perigo" que a população está exposta com esse teste. Eles alegam que com as colisões de alta energia, a matéria estará em um estado jamais observado antes, por isso que reiteraram o temor pelo surgimento de um buraco negro capaz de aspirar tudo o que estiver ao redor, provocando assim o fim do mundo.
O acelerador do Cern custou de 4 bilhões de euros. O gigantesco equipamento foi construído em 12 anos com a colaboração de 7 mil cientistas.
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