Cientistas detectam matéria além do universo visível
Aglomerados de galáxias parecem estar sendo atraídos por matéria empurrada para além do limite visível
Aglomerados de galáxias parecem estar sendo atraídos por matéria empurrada para além do limite visível
O aglomerado da Bala, que estaria sendo atraído por matéria além do limite da visão.
SÃO PAULO - Usando dados da Sonda Wilkinson de Anisotropia de Microondas (Wmap), da Nasa, cientistas identificaram um movimento inesperado em aglomerados distantes de galáxias. A causa, sugerem, é a atração gravitacional exercida por matéria localizada além do limite do universo visível.
"Os aglomerados mostram uma velocidade pequena, mas mensurável, que é independente da expansão do universo e não muda com o aumento da distância", diz o principal pesquisador, Alexander Kashlinsky, do Centro de Vôo Espacial Goddard, da Nasa. "Nunca esperamos encontrar algo assim".
Kashlinsky refere-se a esse movimento coletivo do "fluxo escuro", na mesma veia dos mistérios cosmológicos "matéria escura" e "energia escura". "A distribuição de matéria no universo observado não pode explicar esse movimento", ele disse.
O aglomerado de galáxias 1E 0657-56, também conhecido como Aglomerado Bala, está a 3,8 bilhões de anos luz e é um de centenas que parecem estar sendo carregados pelo fluxo escuro.
Usando um catálogo de aglomerados e os dados do Wmap sobre o pano de fundo cósmico de microondas, os astrônomos detectaram um movimento em massa dos aglomerados a quase 3 milhões de quilômetros por hora. Eles se dirigem para um trecho de céu de 20º de extensão, entre as constelações de Centauro e Vela.
Além disso, o movimento é constante até uma distância de pelo menos um bilhão de anos-luz. "Como o fluxo se estende até tão longe, ele provavelmente se estende por todo o universo visível", diz Kashlinsky.
Modelos do Big Bang que incluem uma característica chamada inflação oferecem uma possível explicação para o fluxo. A inflação teria sido uma breve super-expansão no início da história do universo. Se a inflação realmente ocorreu, então só é possível enxergar uma pequena porção do universo total.
Kashlinsky e sua equipe sugerem que os aglomerados estão reagindo à atração gravitacional de matéria que foi empurrada para além da parte observável do universo pela inflação.
O resultado será publicado na edição de 20 de outubro do Astrophysical Journal Letters.
"Os aglomerados mostram uma velocidade pequena, mas mensurável, que é independente da expansão do universo e não muda com o aumento da distância", diz o principal pesquisador, Alexander Kashlinsky, do Centro de Vôo Espacial Goddard, da Nasa. "Nunca esperamos encontrar algo assim".
Kashlinsky refere-se a esse movimento coletivo do "fluxo escuro", na mesma veia dos mistérios cosmológicos "matéria escura" e "energia escura". "A distribuição de matéria no universo observado não pode explicar esse movimento", ele disse.
O aglomerado de galáxias 1E 0657-56, também conhecido como Aglomerado Bala, está a 3,8 bilhões de anos luz e é um de centenas que parecem estar sendo carregados pelo fluxo escuro.
Usando um catálogo de aglomerados e os dados do Wmap sobre o pano de fundo cósmico de microondas, os astrônomos detectaram um movimento em massa dos aglomerados a quase 3 milhões de quilômetros por hora. Eles se dirigem para um trecho de céu de 20º de extensão, entre as constelações de Centauro e Vela.
Além disso, o movimento é constante até uma distância de pelo menos um bilhão de anos-luz. "Como o fluxo se estende até tão longe, ele provavelmente se estende por todo o universo visível", diz Kashlinsky.
Modelos do Big Bang que incluem uma característica chamada inflação oferecem uma possível explicação para o fluxo. A inflação teria sido uma breve super-expansão no início da história do universo. Se a inflação realmente ocorreu, então só é possível enxergar uma pequena porção do universo total.
Kashlinsky e sua equipe sugerem que os aglomerados estão reagindo à atração gravitacional de matéria que foi empurrada para além da parte observável do universo pela inflação.
O resultado será publicado na edição de 20 de outubro do Astrophysical Journal Letters.
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