LOS ANGELES, EUA (AFP) — Cientistas da Nasa confirmaram a presença de líquido em um dos lagos observados em Titã, a maior lua de Saturno, algo até então inédito nos planetas do sistema solar, anunciou a agência espacial americana, nesta quarta-feira.
A descoberta, feita pela sonda Cassini, uma missão conjunta de europeus e americanos, que tem por objetivo o reconhecimento do planeta, indica que esse lago "contém hidrocarbonetos líquidos", de acordo com os cientistas da Nasa, que identificaram "formalmente a presença de etano, um componente que se encontra na Terra em estado gasoso.
"Isso faz de Titã o único corpo do nosso sistema, à exceção da Terra, onde foi detectado líquido na superfície", declarou o Jet Propulsion Laboratory (JPL), divisão da Nasa instalada em Pasadena (Califórnia, oeste) e encarregada da análise das informações fornecidas por Cassini.
Antes que a sonda sobrevoasse Titã, "os cientistas pensavam que Titã fosse coberto de oceanos de metano, etano e outros hidrocarbonetos leves", disse a Nasa.
Cassini terminou detectando, contudo, "centenas de objetos sombrios que pareciam lagos. Até agora, não sabíamos se esses objetos eram líquidos", completou a Nasa.
Em março passado, Cassini detectou temperatura, vapor d'água e material orgânico na lua Enceladus, de Saturno, o que revela possíveis condições de vida, comentaram fontes da agência americana.
A nave espacial encontrou alta densidade de vapor d'água e químicos orgânicos, tanto simples como complexos, quando passou a 50 km do pólo sul da Enceladus, em 12 de março deste ano. Os mesmos emanavam de gêiseres, cuja fumaça saía de rachaduras da superfície do satélite de Saturno, revelou a agência.
Os instrumentos de Cassini detectaram temperaturas no ponto quente do pólo sul da Encelauds que sugerem que a temperatura subterrânea pode ser alta o suficiente para que haja água líquida, uma das chaves para a existência de vida, afirmou John Spencer, um dos cientistas da equipe Cassini.
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