Washington, 4 ago (EFE).- A sonda Phoenix da Nasa detectou em Marte rastros de perclorato, uma substância de alto conteúdo oxidante, o que reduz a possibilidade de que o planeta vermelho possa ser habitável.
No último mês, o laboratório a bordo da Phoenix analisou duas amostras retiradas do solo de Marte que indicam que um dos componentes da superfície poderia ser perclorato, explicou hoje a Nasa em comunicado, no qual anunciou que na terça-feira dará uma entrevista coletiva para divulgar as recentes descobertas.
A agência espacial ressaltou que os resultados de um teste experimental realizado no domingo, na qual foram analisadas mostras tomadas ligeiramente acima da camada de gelo, não encontraram "nenhuma evidência deste composto químico", assinalou a Nasa.
"Isto é, surpreendente dado que análises anteriores da superfície marciana foram consistentes mas não conclusivas sobre a presença de perclorato", afirmou Peter Smith, da Universidade do Arizona e principal pesquisador da missão Phoenix.
"Estamos comprometidos com um processo científico rigoroso. Não terminamos nosso processo com estas mostras de superfície, mas temos resultados imediatos muito interessantes", afirmou o cientista.
"A análise inicial sugere que o solo se parece com o da Terra, mas mais provas revelaram aspectos na química do solo que não se parecem com os da superfície terrestre", disse.
O anúncio da Nasa representa um verdadeiro balde de água fria para a agência espacial americana, depois que, na quinta-feira passada, foi confirmada a existência de água em Marte.
No entanto, os responsáveis da missão preferem manter a calma e esperar mais testes para determinar se o perclorato realmente é um componente do solo marciano ou não.
A Phoenix tem como objetivo estabelecer se existiram nessa região condições favoráveis ao desenvolvimento de algum tipo de vida microbiana. EFE
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