Segundo informou o JPL (Laboratório de Propulsão a Jato), trata-se da nebulosa de Tarântula, situada perto do conjunto de estrelas identificado como NGC 2074. "A região é uma tempestade da pura criação de estrelas, talvez impulsionadas pela explosão de uma supernova nas cercanias", disse o órgão da Nasa, em comunicado.
Essa região se encontra na Grande Nuvem de Magalhães, que o JPL qualifica como "um satélite da Via Láctea" e "um fascinante laboratório para a observação de regiões de formação de estrelas e sua evolução".
Uma das imagens mostra "depressões e vales" de pó cósmico, assim como filamentos que reluzem sob uma tempestade de radiação ultravioleta. Segundo o comunicado, a região se encontra nos extremos de uma escura nuvem molecular que é uma incubadora para o nascimento de novas estrelas.
O Hubble, que foi colocado em órbita no dia 25 de abril de 1990, realizou sua órbita número 100 mil quando foram intensificados os preparativos para uma missão que fará consertos e melhorará sua capacidade em outubro.
Em comemoração as 100.000 orbitas que o telescópico Hubble fez meste mes em torno da Terra, a nasa divulga algumas fotos.
O telescópio espacial deve seu nome ao astrônomo americano Edwin P. Hubble, autor da teoria da expansão do universo, que morreu em 1953.
Galeria de fotos
A majestosa Galáxia Sombrero M104
A Galáxia Sombrero em luz infravermelha
Faixa de poeira em volta do núcleo da Galáxia Olho Negro M64
Galáxia espiral NGC 1300
Par de Galáxias interagindo
Interação entre duas galaxias com eixos transversais
A Nebulosa NGC 6543, também conhecida como Olho de Gato
Morte de uma estrela
Campo Ultra Profundo Hubble, em inglês, "The Hubble Ultra Deep Field" (HUDF), imagem obtida pelo Telescópio Espacial Hubble em 2003 e 2004. A área do céu que aparece na imagem possui uma extensão equivalente a 10% do diâmetro da Lua cheia, e está localizada na constelação da Fornalha, próxima da conhecida constelação de Órion. Estima-se que HUDF contenha mais de 10.000 galáxias. As galáxias maiores são as mais próximas. A maioria das galáxias aparecem como pequenas manchas disformes. (Crédito: S. Beckwith/STScI-NASA/ESA)
Como o HST conseguiu este feito? Simplesmente recebendo a fraquíssima luz proveniente da região escolhida durante mais de 11 dias! Foram utilizados dois instrumentos do HST para obter imagens simultâneas. O ACS ("Advanced Camera for Surveys", Câmera Avançada para Levantamentos) obteve imagens na luz visível -- filtros azul, verde e vermelho --, e o NICMOS ("Near Infrared Camera and Multi-object Spectrometer", Câmera de Infravermelho Próximo e Espectrômetro Multi-objeto) obteve imagens na luz infravermelha.
O HST percorreu 400 órbitas durante os 11,3 dias, os quais equivalem a cerca de 1 milhão de segundos de exposição à luz proveniente do campo escolhido. Foram feitas duas exposições por órbita, uma para cada uma das câmeras.
As galáxias mais distantes presentes no HUDF estão a uma distância estimada de 13 bilhões de anos-luz! A luz destas galáxias iniciaram a sua viagem em nossa direção muito antes da existência da Terra e do próprio Sol, cuja idade é calculada em aproximadamente 5 bilhões de anos. As galáxias que aparecem no HUDF estão em diferentes estágios de evolução, conforme a sua maior ou menor distância de nós. É bom lembrar que, no imenso Cosmo, uma grande distância no espaço representa também um grande mergulho no passado. Isto porque a luz possui uma velocidade finita e, por conseguinte, uma distância grande será percorrida num tempo também grande.
Mas o HUDF não representou a primeira tentativa do HST em busca das galáxias mais distantes do Cosmo. Antes dele foram feitas duas observações semelhantes. Elas foram denominadas "Campo Profundo Hubble Norte" ("Hubble Deep Field North, HDF-N ) e "Campo Profundo Hubble Sul" (HDF-S).
O HDF-N foi o pioneiro das observações profundas do HST. Elas forma realizadas em dezembro de 1995. O campo escolhido situa-se na constelação boreal, circumpolar, da Ursa Maior. O campo apresenta cerca de 1.500 galáxias, também em variados estágios de evolução. O HDF-N não atingiu tão profundamente como o HUDF -- o tempo de exposição foi de aproximadamente 10 dias --, mas a distância máxima atingida pelo HDF-N não é muito diferente do HUDF, cerca de 12 bilhões de anos-luz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário